O renomado ator e cineasta Mel Gibson, conhecido por filmes como "Coração Valente" e "A Paixão de Cristo", participou recentemente do popular podcast Joe Rogan Experience, onde compartilhou suas opiniões sobre fé, os obstáculos enfrentados ao criar filmes com temática cristã em Hollywood e sua visão sobre a teoria da evolução.
Desafios de "A Paixão de Cristo" e a oposição em Hollywood
Em sua conversa com Joe Rogan, Gibson, de 69 anos, abordou as dificuldades de produzir A Paixão de Cristo (2004), um filme que se tornou um dos maiores sucessos de bilheteira da história do cinema, arrecadando US$ 370,8 milhões mundialmente, apesar de um orçamento modesto de US$ 30 milhões. O filme, que foi criticado por alguns setores, ainda se mantém como o filme censurado de maior sucesso nos Estados Unidos.
"Foi um desafio enorme", comentou Gibson, ressaltando que, apesar da resistência, o filme tinha um propósito profundo. "A ideia era mostrar que todos nós somos responsáveis pelo sacrifício de Cristo, que foi feito pela redenção de toda a humanidade."
Críticas ao Cristianismo em Hollywood
Durante a entrevista, Gibson e Rogan discutiram como o cristianismo é frequentemente alvo de críticas em Hollywood, uma indústria amplamente secular. Rogan, que foi criado como católico e se descreve como agnóstico, mencionou que, ao contrário de outras religiões, o cristianismo é o único que pode ser "menosprezado" sem grandes repercussões.
Gibson, que já foi considerado "o cristão mais poderoso de Hollywood", concordou com a visão de Rogan, acrescentando que, apesar da resistência enfrentada, sempre foi uma honra produzir filmes que representam suas crenças cristãs.
A Visão de Gibson sobre a ressurreição e a história bíblica
Quando o tema da ressurreição de Cristo foi abordado, Gibson destacou que considera os Evangelhos como uma "história verificável", apontando para relatos históricos extra-bíblicos que confirmam a existência de Jesus de Nazaré. Ele também mencionou a dedicação dos apóstolos em espalhar o cristianismo, destacando que "ninguém morre por mentira".
"Quem se levanta três dias depois de ser assassinado em público? ... Buda não fez isso", afirmou Gibson, enfatizando a singularidade da ressurreição de Cristo.
Evolução e criação: as opiniões de Mel Gibson
Quando questionado sobre a teoria da evolução, Gibson se mostrou cético. Embora tenha admitido acreditar em algum processo natural de "microevolução", ele reafirmou sua crença na criação divina como explicação para a origem do universo e da vida. "Eu acredito que fomos criados", disse Gibson, explicando que, apesar da possibilidade de mudanças naturais, o mundo demonstra uma ordem que, em sua visão, só poderia ser atribuída a uma inteligência superior.
Desastres Naturais e o Incêndio no Sul da Califórnia
Após a gravação do podcast, Gibson compartilhou uma situação pessoal angustiante: sua casa estava em risco devido ao incêndio florestal de Palisades, no sul da Califórnia. Ele revelou que soubera da evacuação de sua mulher e filho enquanto estava em estúdio com Rogan, mencionando a série de incêndios que devastam regularmente a região.
"Eu sabia que meu bairro estava pegando fogo, então pensei, 'Será que a minha casa ainda está lá?'", relatou Gibson em uma entrevista subsequente à News Nation.
Polarização
Mel Gibson, com sua forte fé cristã e opiniões firmes sobre a evolução, continua a ser uma figura polarizadora na indústria cinematográfica. Sua visão sobre a ressurreição, sua resistência às críticas de Hollywood e sua crença na criação divina marcam uma parte significativa de sua carreira e identidade pessoal.
Se você é fã de Mel Gibson ou se interessa por temas como a relação entre fé e cinema, a conversa completa no podcast Joe Rogan Experience oferece uma visão mais aprofundada de suas crenças e desafios no mundo de Hollywood.