Pelo menos sete pessoas morreram durante os protestos iniciados na segunda-feira (29) na Venezuela, após o anúncio da reeleição do ditador Nícolas Maduro. Além disso, segundo o grupo de ativistas pelos Direitos Humanos Foro Penal, especializado em prisioneiros políticos, pelo menos 46 pessoas foram detidas em manifestações por todo o país.
Os protestos se espalharam depois que, na noite de segunda-feira, maduro participou de uma reunião na qual o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela proclamou a reeleição dele para um terceiro mandato de seis anos.
A líder oposicionista Maria Corina Machado disse a jornalistas em Caracas que a análise dos registros de votação mostram claramente a vitória nas urnas de Edmundo Gonzáles, com mais de 6 milhões de votos contra apenas cerca de 3 milhões para Maduro.
Grande parte da comunidade internacional também não reconhece a vitória de Maduro. No Brasil, a Executiva Nacional do PT (Partido dos Trabalhadores), do presidente Lula, em nota divulgada na noite de ontem, reconheceu a reeleição de Maduro.
“Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolás Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”, destaca trecho da nota.