Um cristão norte-coreano que escapou da prisão duas vezes está orando para se reunir com seu filho e compartilhar sua fé em Cristo, destacando a coragem e determinação dos cristãos perseguidos. Sua história foi revelada no relatório de 2025 da Organização Portas Abertas dos EUA, que lista os 50 países com maior repressão à fé cristã.
Jung Jik (nome alterado por segurança) é um dos exemplos de fé inabalável em um contexto de extrema perseguição religiosa. Ele é citado ao lado de outros casos no relatório, que evidencia os 50 países onde os cristãos enfrentam maior opressão. A Coreia do Norte, onde Jung viveu, continua sendo o país mais perigoso para os cristãos, com execuções e prisões em campos de trabalho forçado como consequências para quem professa a fé cristã.
De acordo com Ryan Brown, CEO da organização, embora a perseguição na Coreia do Norte tenha intensificado, cerca de 400 mil cristãos ainda vivem sua fé secretamente, incluindo a sobrevivência de uma grande igreja subterrânea no país. "Mesmo em países com perseguição extrema, a Igreja continua a crescer", afirmou Brown.
Perseguição recorde
A última edição do relatório revelou que 380 milhões de cristãos — aproximadamente um em cada sete — enfrentam perseguição ao redor do mundo. Em países como o Afeganistão, onde a conversão do Islã para o Cristianismo é punível com a morte, os cristãos vivem em constante risco.
O relatório de 2025 destaca um aumento da violência contra cristãos na África Subsaariana, onde grupos extremistas islâmicos, como Boko Haram e militantes Fulani, intensificaram seus ataques. Países como Burkina Faso, Mali e Chade, que agora fazem parte da lista dos 50 mais violentos para cristãos, enfrentam desafios significativos em termos de segurança religiosa.
A situação na Nigéria, que ocupa o sétimo lugar, também é alarmante, com milhares de cristãos mortos nos últimos anos devido a ataques de grupos extremistas. A perseguição em regiões como Iémen, Sudão e Mianmar também tem aumentado, colocando os cristãos locais em risco constante.
Portas Abertas continua a monitorar a situação, destacando a importância da liberdade religiosa como um componente essencial para alcançar a paz e estabilidade em países em conflito. "Líderes mundiais devem priorizar a liberdade religiosa para proteger os cristãos em todo o mundo", conclui Brown.
Para saber mais sobre a situação da perseguição cristã global e como apoiar os cristãos perseguidos, acompanhe Portas Abertas.